terça-feira, outubro 31, 2006

vai chegando...

Hoje o dia , a tarde e a noite... cheira a Natal.

...e isso bom!

O futuro recomeça.

segunda-feira, outubro 30, 2006

Flying

Estou quase aí. Estou, mais que nunca, a rebentar de saudades. Tanto que estou quase nervosa ansiosa excitada. Que isto do Inverno instalado, dias curtos curtos curtos e falta da luz de Lisboa faz mal à pele e ao espírito. E que chova o tempo todo - a ver se eu me importo.

Nos entretantos está combinada uma Arrozada de Bacalhau acompanhada de vinho tinto e updates da vida em versäo näo cibernética. Prometo aplicar os dotes domésticos e culinários (ai o jantar de ontem, nem vos conto) em casa da prp em troca de assassinato aparatoso das saudades.

sábado, outubro 28, 2006

Finalmente ela pediu que a tirassem dali. Pediu asilo a uma das filhas... mas o não atender telefones para não ter dizer directamente que "não", depois de promessas que foram feitas, levaram-na a outra casa.
Está cá desde quinta-feira. Não sabe bem o que quer. Não tem o feitio das avós das histórias. Mas é mãe, e mais que não fosse o dever moral - porque é impossível negar as grandes diferenças de feitios, aliadas à idade e aos problemas físicos - aqui tem cuidados que já há muito não tinha.
Mas o que é certo, é que cada vez mais sei que a verdade é que quem não vê, é como quem não sente.
Não consigo sair de casa sem pensar se estará bem, não consigo dormir porque penso que no quarto ao lado pode estar a precisar de ajuda (que não pede).
Ontem a noite tornou-se longa até bastante tarde. hoje acordei cedo com gemidos vindo de lá. Precisava de ajuda. É natural.
Mas ainda assim não quer assumir que precisa. E acaba por fazer o que podia bem evitar.
Mas não adianta reclamar. Sabíamos que não seria fácil. E na verdade... é difícil.
Os outros sentem-se aliviados por saber que ela agora não está sozinha, abandonada e sem cuidados.
Ninguém tem vida para ficar com ela, mas sozinha é que não pode ficar.
A verdade é que quem devia estar a cuidar dela, leva a melhor e fica descansada ( na minha opinião essa nunca se chegou a incomodar...)
E como é fácil para outros, virar a cara e nunca aparecer e ver.
Porque ver ia implicar remorsos... e afinal, quem os quer?!


Juntaram-se as duas bocas mais faladoras e mais gulosas da cidade. Experimantação culinária em língua Portuguesa.
(Bem sucedida.)

A noite de sexta-feira à noite!

Há não muito tempo atrás, uma noite de sexta-feira passada em casa era sinónimo de choradeira, desânimo, queixume, infelicidade, tristeza. O infortúnio assumia proporções tão trágicas, diria mesmo que patéticas, que a noite de sexta-feira era engendrada na segunda-feira dessa semana.

Nada podia falhar. A noite de sexta-feira era sagrada. Concertos, cinema, jantar fashion, copos, saída à séria. Montado o kit, a noite era uma criança.

Hoje não há concertos, não há cinema, não há jantar fashion, não há kit montado.

Hoje, a noite de sexta-feira começa com discussões sobre a Europa e acaba a pensar na Europa que irá discutir-se às 9 da matina do dia seguinte.

quinta-feira, outubro 26, 2006


Comeca uma pessoa em quase-bom-espírito com a viagem que se aproxima e tinham que chegar a constipacäo, o trabalho para entregar, a surdez parcial, o frio na pele, a estatística. Que os dias corram e que seja quase até já.

quarta-feira, outubro 25, 2006

terça-feira, outubro 24, 2006

Fim-de-semana no Palácio


O paraíso aqui tão perto... Entre a palacianidade do século XIX e a modernidade do século XX, este palácio-monumento-museu-hotel é um hino ao intimismo, ao bom-gosto, à cultura, ao Belo.

domingo, outubro 22, 2006

"Temos de agarrá-la!..."
Arroz triste...

...Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja,
olha-se para dentro e já pouco sobeja,
pede-se o descanso, por curto que seja...

(fazes falta cá....volta depressa...)

O amor bate na aorta.

(Carlos Drummond de Andrade)

Livros


A amizade pura, sem restrições. Sem invejas e sem pressões. O primeiro amor (em tempos difíceis). A China em Revolução Cultural, a utopia política na vida real. Uma estória em contexto histório. E, acima de tudo, o fascínio pelos livros, pelos autores, pelos mundos. Um livro leve e delicioso, mais uma vez aconselhado por uma família vizinha (Tak).
(Post com atraso)

Um abanão nas esperanças é um abanão na vida. Acorda-se e está tudo diferente: o futuro está diferente. E é tão mais fácil arrastar os dias com o futuro claro lá no fundo.

Abanão nos dias e na pele.

Nós temos cinco sentidos:
são dois pares e meio de asas.

- Como quereis o equilíbrio?

E se as coisas mudam tenho que voltar a mim. Não há outra maneira que voltar aos meus livros, palavras e poemas, histórias e vozes. Voltar às descobertas e à solidão dos prazeres. Voltar a mim. E mais uns dias e volto , e volto aos outros e aos sítios, redescobrir-me mais um bocadinho. Até lá, a vida de fio a pavio.

(O Poema lá em cima é do David Mourão Ferreira)

quinta-feira, outubro 19, 2006

E bebe-se a coragem até de um copo vazio.

...és muito rápido!

Venho partilhar o meu receio de que uma tal de vingança fria, gelada, não tenha vindo em forma de uma senhora já com uma certa idade, ao volante de um Fiat Panda preto, que decidiu não travar(!!!) acabando por estacionar atrás de mim, levando-me a estacionar num outro veículo que estava - também ele parado no semáforo vermelho!- à minha frente...

...eu só espero...!

De qualquer modo, não se preocupem ,pois o chumbinho sofreu apenas umas escoriações...que servem como marcas de quem foi à guerra e voltou com vida e história para contar!
Já o tal Fiat Panda...ui...teve de ir receber cuidados!!!

O meu chumbinho é uma BOMBA!!!
DE CHUMBO!!!

quarta-feira, outubro 18, 2006

MFA

Apesar de partilhar a língua e a cultura, sinto-me a viver e a trablhar num mundo de doidos.

Assolada pela notícias de - mais uma - saída de uma Amigo da Uría (magnífico Despacho onde prossigo esta quase aventura de quase advogada), estou Triste.

Quebrando todas as regras de confidencialidade...
-----Mensagem original-----
De: REDONDO PEREIRA, Paula [mailto:prp@uria.com]
Enviada: segunda-feira, 5 de Setembro de 2005 20:52
Para: mmbragadacosta@netcabo.pt; SOARES CARNEIRO, Beatriz; FERREIRA DE MATOS, Tiago; Pedro Almeida; FRANCO e ABREU, Miguel
Assunto: mpriv

O caminho faz-se caminhando...
E o caminho que caminhei neste departamento público - atípico - por onde passei deixa-me certamente saudade.
Entrei desconfiada e com algum receio do que me iria acontecer.
Saí confiante e com a sensação de que tinha crescido, pessoal e profissionalmente.
Um caminho pessoal gigante... A descoberta de que o trabalho pode ser divertido se for desenvolvido com pessoas de quem se passa, inevitavelmente, a gostar e que passam a fazer parte, afortunadamente, do nosso dia-a-dia.
Um caminho profissional estimulante... Sobretudo, pelo contacto com novas matérias e novas realidades.
Hoje, caminhando já pelo departamento contencioso, lembro a janela aberta e as gargalhadas sonoras da Mónica, a dedicação e a partilha da Bia, o cantinho guardado no gabinete fumarento e gélido, mas sempre sorridente do Tiago, a genialidade humana do Pedro, o humor escondido do Miguel1.
Adorei trabalhar com todos e agradeço tudo aquilo com que contribuíram para o meu caminho.
Um caminho caminhado, e a caminhar, com muito prazer.

1 - Depois de um ano de convivência, alteraria o comentário para "o humor descarado e corrosivo do Miguel, com as suas esfusiantes gargalhadas e o seu contagiante miglanço" e acrescento "uma excelente pessoa".

Mundo de doidos

Vivo num mundo que fala uma língua estranha. Näo compreendo o que se diz à minha volta, os sinais nas portas, os jornais no autocarro. Näo entendo as frases soltas que antecedem as risadas, os avisos importantes, as banalidades do momento. De uma maneira geral, passo leve e abstraída pelas conversas, concentro-me em mim, nas minhas ideias e nos meus livros, presto atencäo aos objectos e às vistas, observo as pessoas. Mas às vezes as coisas parecem mesmo interessantes. Ou sinto-me invadida pela curiosidade, necessidade de perceber. Fico excluída da circunstância.

Ontem vi-me no meio de uma conversa entre um grupo de pessoas. Estava parada, em pé, no meio - a única que näo falava ou entendia Dinamarquês. Tentei dizer (muitas vezes) que näo estava a perceber nada, mas, mal comecava a falar, alguma das vozes fortes e agressivas com que este povo nasceu (património genético bárbaro, quer-me parecer) se sobrepunha rapidamente à minha (doce e delicada, entenda-se). E a certa altura só me apetecia gritar. Berrar. Pensei em fugir. Acabei por respirar, esperar e informar calmamente, no final da discussäo, que näo tinha percebido absolutamente nada. 10 minutos de conversa foram resumidos em 1 segundo e meio, dei a minha opiniäo com 2 palavras (a primeira das quais "eu") e assim ficou na história a minha participacäo neste mundo. De doidos.

Preciso de férias.

assim não há quem...

terça-feira, outubro 17, 2006

Anda por aí uma menina que ainda vai ser responsabilizada pelo crescimento do meu rabo e aumento do número de horas passado no sofá. Já näo bastam o Inverno e a falta de vontade de movimentar o corpo. Ainda tinhas que me deixar isto nas mäos e fugir para Portugal?

Estou viciada. No amor amor improvável.

Pulga-Piolho (sim!TU!) canta comigo...

(quando chegares ao fim...quero que estejas a dançar e a cantar bem altoooooooo!)

I was down at the New Amsterdam
staring at this yellow-haired girl
Mr. Jones strikes up a conversation
with thisblack- haired flamenco dancer
She dances while his father plays guitar
She's suddenly beautiful
We all want something beautiful
man I wish I was beautiful...

So come dance this silence down through the morning
Cut up, Maria!
Show me some of them Spanish dances
Pass me a bottle, Mr. Jones

Believe in me...
Help me believe in anything,
cause I want to be someone who believes...

Mr. Jones and me tell each other fairy tales,
and we stare at the beautiful women
"She's looking at you. Ah, no, no, she's looking at me."

Smiling in the bright lights,
Coming through in stereo,
When everybody loves you, you can never be lonely!

I will paint my picture,
Paint myself in blue and red and black and gray,
All of the beautiful colors are very very meaningful
Gray is my favorite color
I felt so symbolic yesterday
If I knew PicassoI would buy myself a gray guitar and play

Mr. Jones and me look into the future,
Stare at the beautiful women
"She's looking at you., I don't think so. She's looking at me."

Standing in the spotlight
I bought myself a gray guitar
When everybody loves me, I will never be lonely...
I will never be lonely...I will never be lonely...

I want to be a lion,
Everybody wants to pass as cats
We all want to be big big stars,
but we all got different reasons for that...
Believe in me... because I don't believe in anything...
and I want to be someone to believe

Mr. Jones and me stumbling through the barrio
Yeah we stare at the beautiful women
"She's perfect for you, Man, there's got to be somebody for me."

I want to be Bob Dylan
Mr. Jones wishes he was someone just a little more funky
When everybody loves you, son, that's just about as funky as you can be!
Mr. Jones and me staring at the video ,
when I look at the television, I want to see me ,
staringright back at me
We all want to be big stars,
but we don't know why
and we don't know how
But when everybody loves me,
I'm going to be justabout as happy as I can be!!!
Mr. Jones and me,
we're gonna be big stars...


Estava a ouvir...e claro, não podia deixar de ser! Lembrei de ti!!!
bem...na verdade lembrei em TODAS as músicas do cd...
;)
muitas bjufas para ti, piolho!

A miúda está possuída pelo Fado, dizem vocês.

Errado, digo eu.

Não morro de amor por fado, mem por Amália, nem por Mariza, nem por Camané...

Ouço. Aprecio - quando estou para aí virada.

Mas do que gosto mesmo é do ecletismo da música, dos estilos, das correntes, dos movimentos, das gentes, das políticas, do belo, da cultura.

AMÁLIADOTCOM

http://www.amalia.com/main.htm

segunda-feira, outubro 16, 2006

As escolhas escolhem-se...

Coisas que não mudam

E a voz da Maria, que bem que lhe fazia.

E tropecou no céu como se ouvisse música.

E tropecou no céu como se fosse um bêbado.

Out of focus

Comecou o Inverno e eu quero fugir daqui. Quando se está assim, como estou há uns dias, näo se devia escrever. Porque vou ficar revelada, porque vou prolongar, ampliar as minhas saudades nostalgias tristezas instintos (de fuga, repito). Penso melhor. Também é para isso que serve este espaco em branco. Para me escrever.

Queria o Inverno aí, ou o Veräo, a Primavera - näo interessa. Queria as pessoas, os espacos. Saudades de mim aí. Enquanto os dias näo correm e eu vou conseguindo controlar os instintos (de fuga, mais uma vez), vou fazendo o que é suposto. Como sempre fiz. Com mais ou menos dúvidas, com as certezas abaladas, tremidas, com o futuro desfocado. É isso: o futuro ficou, de repente, desfocado. É disso que näo gosto. É disso que quero fugir.

Enquanto näo arranco e dou um abanäo em qualquer coisa, concentro-me no computador, nas decisöes que, ainda que com consequências que neste preciso momento adoraria (oh, mas como) passar para as costas de alguém, continuo a saber que estäo certas. Às vezes quase me esqueco...

... Maria entre Uns e Outros amigos...

E enquanto Uns se preparavam para ouvir Nouvelle Vague... Maria tentava apressar um jantar com Outros, que já não seria chouriço assado e semelhantes, e que inevitavelmente a faria chegar atrasada ao dito evento...

E enquanto Uns ouviam Nouvelle Vague... Maria morria de fome e tentava jantar com Outros ...

E enquanto Uns terminavam de ver a performance da noite... Maria já tinha perdido de todo o controlo da situação ... e já não sabia o que fazer ou o que dizer...

E enquanto Uns entram na festa 80's ... Maria e Outros terminam finalmente o jantar... e começam a surgir propostas... porque o Cid tinha dado banho aos seus fãs...

Finalmente Uns vibram na festa mais badalada dos últimos tempos... Maria e Outros acertam os ponteiros das indecisões e decisões e rumam à super festa!

E enquanto Uns dançavam feito loucos no interior da festa... Maria e Outros ficavam pasmados a olhar para a fila de entrada...que já contava com Kms e horas de espera!!!

E enquanto Uns bebiam imperias a 80 cêntimos ... Maria e Outros bebiam imperiais um pedacinho mais caras na marisqueira junto à Super-Festa e depois rua abaixo, direcção Rossio ...e depois, mais uma boa dose de decisões e indecisões...

Finalmente...
Uns terminam a noite nos revivalismos dos 80's, como mandava o convite... Maria e Outros davam entrada nos revivalismos da adolescência, no único local nocturno que passa... música do meu tempo...


Moral da história...?!Não sei...mas sei com tudo seria um pedacinho melhor... como por exemplo...:
A combinação com Uns devia ter sido mais estudada...
O jantar com Outros um pedacinho mais cedo...
O concerto de Nouvelle Vague havia de ter sido um pedacinho mais tarde...
(O Cid devia ser processado por ter desapontado os seus fãs!)
A super-festa mais badalada dos tempos havia ter ter sido um pedacinho menos divulgada... ou então ser num espaço ainda maior...
E assim, Uns e Outros e Maria teriam acabado a noite todos juntos a reviver o que quer que fosse!

...mas ainda assim acabei a noite a ouvir os meus queridos Counting Crows junto de Outros... sem poder saltar muito... porque o modelito escolhido não ia preparado para grandes saltos ...

domingo, outubro 15, 2006

Museu do Fado, Lisboa

O Fado é o cansaço da alma forte.
Fernando Pessoa

Quando a vida está confusa, arrmam-se os espaços.

Acabei de encontrar uma carta. Uma carta de despedida, de partida. Veio com um presente - uma vela - na véspera da mudança-de-vida. Palavras e luz para iluminar os meus dias cinzentos.

Hoje está sol. Mas, por aqui - neste espaço - sente-se muito muito a distância. E o peso das escolhas, a responsibilidade das decisões. Nestes ombros pesa a independência - na definição mais alargada.

Acorda-se a precisar de palavras. Os kms e a hora a mais tornam tudo mais difícil. Mas aparecem, de repente, estas palavras de há-um-ano. Que podiam ser de há dois dias ou de há 10 anos. E que enchem, enchem sempre. De passado e de futuro, de esperança e energias. E de certeza. De que nunca estou sozinha. Wherever (in the World).

sábado, outubro 14, 2006

Voltas


Ontem foi a noite da cultura na cidade: todos os edifícios públicos, museus, lojas, cafés, parlamentos - tudo - aberto até à meia noite. Compra-se um passe e vê-se tudo o que se quer. Corre-se de um lado para o outro, espera-se nas filas, passam-se os encontrões e fica-se mais culto. Mas quem vê a vida diferente durante tanto tempo e depois volta a acordar num combio de regresso do aeroporto não quer nada disso. Tudo menos cultura. Quer-se conversa, jantar, passeio - ver tudo com outros olhos. O lento regresso aos dias.

E de repente cheirou a Natal. O frio e as fogueiras quase me transportaram para cantos que não são aqui. São na vinha vida, coisas e pessoas e momentos de que sinto falta. Enquanto aqui construí outra, vou pensando na de outros dias e prevendo (desejando, imaginando) a futura. Gosto de fazer planos e de me imaginar feliz.

Gosto dos dias. Da calma do dia e do sossego da noite. Gosto de casa, de livros, de filmes e de cozinhas. De conversas e de silêncios. Gosto de famílias. E, equanto me vejo longe e distante, vou sonhando e criando futuros. Que me levem para onde quero estar...

entre nós, para nós, só para nós

Foi no Nepalês, de sua graça Maya (não vale a pena procurar, porque não aparece no Lifecooler), lá para os lados de um Karaoke adolescente esquecido, que a conversa foi fluindo.

Foi no Nepalês, mas podia ter sido no Indiano (se não estivesse em obras) ou em qualquer drive-in perdido na 2.ª Circular - sempre parada, sobretudo, quando camiões insistem em avariar, ali mesmo, no meio da faixa central, sem pré-aviso.

Foi no Nepalês onde duas (três, uma delas, em espírito, sempre) amigas se encontraram e tagarelaram sem fim.

Sexta-feira.

Uma da manhã.

Loucura!

Uma loucura muito prazeirosa!


sexta-feira, outubro 13, 2006

Maria, História Moderna e Contemporânea, ISCTE, 2002-2006

And now, the end is near;
And so I face the final curtain.
My friend, I'll say it clear,
I'll state my case, of which Im certain.

I've lived a life thats full.
I've traveled each and evry highway;
And more, much more than this,
I did it my way.

Regrets, I've had a few;
But then again, too few to mention.
I did what I had to do
And saw it through without exemption.

I planned each charted course;
Each careful step along the byway,
But more, much more than this,
I did it my way.

Yes, there were times,
I'm sure you knew
When I bit off more than I could chew.
But through it all, when there was doubt,
I ate it up and spit it out.
I faced it all and I stood tall;
And did it my way.

I've loved, I've laughed and cried.
I've had my fill;
my share of losing.
And now, as tears subside,I find it all so amusing.
To think I did all that;
And may I say - not in a shy way,
No, oh no not me,
I did it my way.

For what is a man, what has he got?
If not himself, then he has naught.
To say the things he truly feels;
And not the words of one who kneels.
The record shows I took the blows -
And did it my way!


Já está!!!

"unhas" a postos

...a poucos minutos de saber todaaaaa a verdadeeeeeee....

............................nervooooooooos...........

afinem as vozes I...

Acto 1

...Quand il me prend dans ses bras
Il me parle tout bas,
Je vois la vie en rose.


Ah!Ah!Ah!...
(riso malvadoooooooo)

tiiiii-riiii-riiii-riiii-ti-ti-
ti-riii-ti-ti-ri
ri-ri ti-tiiiii-riiiii....
(também em versão polifonica!)

quarta-feira, outubro 11, 2006

parece mal...mas é verdade...

... porque nem todos os dias ou momentos são bons ... e volta e meia, ainda existem alguns na minha cabeça e na minha lembrança, que me deixam um pedacinho triste - como ontem à noite ... (noite mais estúpida!!!) ... aqui fica ...


Rasgue as minhas cartas
E não me procure mais
Assim será melhor meu bem

O retrato que eu te dei
Se ainda tens não sei
Mas se tiver devolva-me

Deixe-me sozinho
Porque assim eu viverei em paz
Quero que sejas bem feliz
Junto do seu novo rapaz

O retrato que eu te dei
Se ainda tens não sei
Mas se tiver devolva-me

Rasgue as minhas cartas
E não me procure mais
Assim vai ser melhor meu bem

O retrato que eu te dei
Se ainda tens não sei
Mas se tiver ........ devolva-me ...... devolva-me ...... devolva-me .....


... o que falando nisso ... ainda faz algum sentido para algumas coisas que por ficaram...

era bom... portanto:
.... Devolva-me ...

segunda-feira, outubro 09, 2006

Senhora Dona Nova-Administradora aqui da casa,

pode explicar porque é que isto está para aqui tudo desconjuntado? Consegue resolver a situacäo? Uns bricolages aqui, pinturinha ali, alinhamentos de títulos e links e tal - e fica tudo como novo. Sim, sim?

domingo, outubro 08, 2006

a dependência é - realmente - uma besta ...

Tira a mão do queixo não penses mais nisso
o que lá vai já deu o que tinha a dar
quem ganhou ganhou e usou-se disso
quem perdeu há-de ter mais cartas p´ra dar

E enquanto alguns fazem figura
outros sucumbem á batota
chega a onde tu quiseres
mas goza bem a tua rota

Enquanto houver estrada p´ra andar a gente não vai parar
enquanto houver estrada p´ra andar
enquanto houver ventos e mar a gente vai continuar
enquanto houver ventos e mar

todos náo pagamos por tudo o que usamos
o sistema é antigo e não poupa ninguém
somos todos escravos do que precisamos
reduz as necessidades se queres passar bem

que a dependência é uma besta
que dá cabo do desejo
a liberdade é uma maluca
que sabe quanto vale um beijo

Enquanto as meninas discutem bicicletas e peixes, e já que quem andou pelo Japäo fala fala fala fala mas os prometidos jantares näo nos chegam aqui (näo percebo porquê), pelo norte come-se o peixe. Crú. Noitada de sushi:

2020


Outubro, 2006

O Sábado solarengo convidava a um passeio pelo Chiado.

Ao almoço tardio no Oriente-Chiado, condimentado pela conversa simpática com o Chef, seguiram-se passadas lânguidas pela toponimia do 28.

Na essência, a Cidade tem imensa luz, história, beleza, mas encontra-se num estado de degradação absolutamente inadmissível.

Em boa hora, foi apresentado o projecto para a Baixa-Chiado, que pretende requalificar esta zona histórica de Lisboa até 2020.

O Projecto

Como informam os matutinos, os objectivos do Projecto passam por reduzir o trânsito e chamar mais pessoas para a zona através do comércio, lazer e actividades culturais.

O Terreiro

O projecto propõe um novo Terreiro do Paço, com "uma presença reforçada do sector público nas zonas mantidas para escritórios", apostando nas actividades de comércio, hotelaria e restauração. O plano propõe a instalação de um hotel de cinco estrelas no quarteirão poente do Arco da Rua Augusta, ocupando "os dois edifícios contíguos que completam o quarteirão, um virado à Praça do Comércio, onde está insta lado o Ministério da Justiça, e outro com frente para a Rua do Comércio".

O Trânsito

Diminuir o trânsito na Praça do Comércio em cerca de 75 por cento é outro dos objectivos do projecto, o que deverá passar pela eliminação da circulação nas faixas laterais. O projecto propõe a constituição da Circular das Colinas, "constituída por um conjunto de vias já existentes, a completar por um conjunto de trechos em túnel” como forma de privilegiada de acesso aos bairros históricos.

O Comércio

O projecto de revitalização da Baixa-Chiado passa também pela criação de "um centro comercial a céu aberto" nas ruas da Vitória e Santa Justa, cujas lojas deverão ter horários mais alargados.

A Cultura

O projecto defende igualmente o desenvolvimento de um "pólo cultural e de actividades criativas denso", que inclui a expansão do Museu do Chiado, ocupando o Convento de São Francisco, o que obrigará à saída "total ou substancial" do Governo Civil e da PSP daquele local. Os conventos de São Francisco, Corpus Cristi e do Carmo, e o edifício do Tribunal da Boa-Hora, bem como os que integram o quarteirão da pastelaria Suíça foram eleitos como "edifícios estratégicos" a recuperar.

A Zona Ribeirinha

A requalificação da frente ribeirinha, outro dos objectivos do plano, inclui a construção de um novo terminal de cruzeiros e dos edifícios das Agências Europeias de Segurança Marítima e Luta Contra a Droga. Foi ainda contemplada a construção de um colector ao longo da margem do Tejo, "que vai permitir recolher os esgotos da zona central de Lisboa evitando o lançamento das águas poluídas ao rio no Cais das Colunas".

Os €s

O projecto de revitalização da Baixa-Chiado vai custar 4.445 milhões de euros, dos quais 682 milhões de euros serão investidos entre 2007 e 2010 e os restantes 463 milhões de euros entre 2011 e 2020.

Outubro, 2020

O dia solarengo convidava a um passeio pelo Chiado.

Ao alomoço tardio no (Oriente-)Chiado, condimentado pela conversa simpática com o Chef, seguiram-se passadas lânguidas pela toponimia do 28.

Na essência, a Cidade tem imensa luz, história, beleza (e longe vai o tempo em que se encontrava num estado de degradação absolutamente inadmissível).

Em boa hora foi apresentado, em 2006, o projecto para a Baixa-Chiado, que pretendeu requalificar esta zona histórica de Lisboa.

Fonte: Lusa

DOCLISBOA2006

http://www.doclisboa.org/images/filmes/Historias_Minimas/

The_Emperors_naked_army_marches_on.jpg

sábado, outubro 07, 2006

I will(comment) -comment

Querida Prp... se existe aqui alguém que terá acordado tarde para a vida, pode estar bem descansada ... que não foi a senhora!!!
De qualquer modo, agrada-me vê-la ponderar cada vez mais a "partilha"! Fica-lhe bem, tem um ar renovado em si!

Massssss...vamos lá ver uma coisa!Estive a pensar... e tenho algo mais a dizer sobre este assunto! isto não é assim tãoooooo óbvio como se pode pensar!e porquê?...

mais coisa, menos coisa...falamos de

" Uma mulher precisa de um homem,
tanto quanto um peixe de uma bixicreta!"

Vendo bem, vendo bem ... uma bixicreta até podia dar um "jeitão" ao peixe, mas...

- Não temos bicicretas que se adaptem à forma de peixe...
- Nem os peixes têm perninhas ou mãos que se adaptem à forma da bixicreta!

Vai daí...

Mesmo que ela facilitasse a vida ao peixe, a dita bixicreta ainda não tem a capacidade de responder convenientemente às necessidades do peixe! Certo?!

Vai daí também...

pela lógica, tanto o peixe como a bixicreta (sujeitos aparentemente tão díspares! - tinha de falar bonito, para ver se dá mais consistência á teoria!) teriam de sofrer milhares de mutações/alterações/ modificações afim de se atingir um equilibrio entre as necessidades do peixe e a capacidade de resposta da bixicreta!

Ora isto tudo é muito lindooooo, sem dúvida! mas o que vos passou ao lado... é que falamos de uma "bixicreta para peixes", senhoressssss!!!!!!
ah pois!!!Assim...

Vai daí...

-As ditas "bicicletas" é que têm de fazer alterações na sua forma, quando estando interessadas em servir as necessidades do "peixe"!!!Capice?
É isto assim!!! Nem mais nem porquê! Foi desta forma que o próprio Bono (coroa enxuto!) quis dizer o que disse!

Mas pronto... para todo o caso, para que fique bem esclarecido ... o "peixe" não precisa de uma "bicicleta qualquer"! Não senhor! Aliás, passa melhor sem ela - que fica ali só a ocupar espaço!

O PEIXE quer, e somente precisa, de uma BICICLETA à sua medida!!!

Basicamente...isto é como a história da panela e da tampa ( que as nossas avós tanto gostam de contar quando os netos estão solteiros!poisssss...)
Ok, toda a panela tem uma tampa... mas para cozinhar, precisas mesmo, mesmo da tampa dela???!....
(Ok!O arroz pode não sair tão bem ... mas aí a culpa é do arroz, pois se for Unkle Ben's não há desculpa!!! é preciso ser-se muito mau cozinheiro!!!- desculpa Fipinho...talvez só tenha acontecido daquela vez...!)

i will (comment)

"...A woman needs a man
Like a fish needs a bicycle..."

Já pensei assim - na verdade, há dias em que ainda penso (!) - mas gosto quando sinto que começo a não pensar assim...

E também há dias - quase todos - em que penso que acordei tarde para a vida...

Maria sempre em mudança...

As coisas vulgares que há na vida
não deixam saudade,
só as lembranças que doem ou fazem sorrir...
Há gente que fica na história,
na história da gente...
e outras de quem nem o nome lembramos ouvir
São emoções que dão vida à saudade que trago
aquelas que tive contigo
e acabei por perder...
Há dias que marcam a alma e a vida da gente,
e aquele em que tu me deixaste não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto
gelado e cansado,
as ruas que a cidade tinha
já eu percorrera,
Ai... o meu choro de moça perdida,
gritava à cidade que o fogo do amor sob a chuva
à instantes morrera...
A chuva ouviu e calou o meu segredo à cidade
e eis que ela bate no vidro
trazendo a saudade...
A chuva molhava-me o rosto
gelado e cansado,
as ruas que a cidade tinha
já eu percorrera...
Ai... o meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob a chuva
hà instantes morrera...
A chuva ouviu e calou o meu segredo à cidade
e eis que ela bate no vidro
trazendo a saudade
e eis que ela bate no vidro
trazendo... a saudade...

Chuva - Mariza
(Letra e Música - Jorge Fernando)



... e eu, com as minhas manias e ideias feitas... ia perdendo esta música tão linda!?!!

e foi assim... que depois de ouvir um cd de Mariza ... passei a gostar da sua música!

sexta-feira, outubro 06, 2006

What a Wonderful World...

I see trees of green........ red roses too
I see em bloom..... for me and for you
And I think to myself.... what a wonderful world.

I see skies of blue..... clouds of white
Bright blessed days....dark sacred nights
And I think to myself .....what a wonderful world.

The colors of a rainbow..... so pretty ... in the sky
Are also on the faces..... of people ... going by
I see friends shaking hands..... sayin... how do you do
They're really sayin......i love you.

I hear babies cry...... I watch them grow
They'll learn much more.....than I'll never know
And I think to myself .....what a wonderful world

The colors of a rainbow..... so pretty ... in the sky
Are there on the faces..... of people ... going by
I see friends shaking hands..... sayin... how do you do
Theyre really sayin... I ....love....you.

I hear babies cry...... I watch them grow
(you know their gonna learn
A whole lot more than I'll never know)
And I think to myself .....what a wonderful world
Yes I think to myself .......what a wonderful world.



O Rodrigo já nasceu...!

Arroz feliz...

;)

a 5 de Outubro de 2006

Cretcheu

Notícia do dia: saíu o nosso artigo sobre Cabo Verde. Na revista da faculdade, que é onde surge a propósito, falamos dos nossos dias e da nossa vida em terras Africanas. De como mudámos e como sentimos que fizemos a diferenca. Mais das pessoas que dos animais. E da Terra, do cheiro, das cores.

Com o entusiasmo e a curiosidade - quanto temo até me chegar às mäos? -, vem a memória e a saudade. E um banho de realidade: a vida é sempre mais do que isto. Estamos sempre guardados, escondidos, prontos a sair do quotidiano e surpreender os nossos (próprios) olhos. E fiquei feliz por me lembrar de quem sou, ainda que com a ideia fixa de que sou quando estou com quem é comigo. Sodadi di bo, nha cretcheu (vezes duas, que os conhecimentos de criolo näo chegaram aos plurais...).

Conclusäo

Hoje estou sentimental.

Acabou de me passar pela cabeca - de repente, e sabe-se lá porquê - que somos três meninas täo täo diferentes e sempre unidas. Desde sempre. E para sempre, que eu sei.

Requiem

Gosto de corpos. Do movimento dos corpos. Da oscilacäo dos corpos ao som da música. Corpos sozinhos, no chäo, no ar, corpos misturado, fundidos.

Gosto de me fascinar. De me sentir deslumbrada com a luz, a falta de luz, o som, a sala. E os corpos. Gosto de gostar da minha nova cidade, das luzes da noite, do ar dos canais, dos barcos e da Ópera.



E gosto de ballet.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Portugal dorme

E, por aqui, comemora-se à distância. Trabalhando. Pela primeira vez paro para pensar no significado do dia. E, agora que percebo melhor a inutilidade de uma monarquia e o encanto da representacäo do País - enquanto casa, enquanto vida - com vestidos compridos e histórias de princesas, chega-me às mäos uma revista atrasada com reportagem-de-indumentária da nossa Maria Cavaco: redonda, rústica, sapatos-de-avó e postura de empregada de loja de Moscavide. Comemoro a República lamentando a falta de palácios em versäo vida real. Isso ou a distracäo crónica, que me faz perder o meu (precioso) tempo a pensar nestas coisas.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Série Dias agitados

Estou à espera que chegue a minha calma. Consta que vem na sexta, no aviäo das 9. Até lá, banho de família e de rotina-adaptada...

terça-feira, outubro 03, 2006

i willl...

Vou!... mas não sem antes partilhar convosco a música que me alegrou a noite ... e me fez lembrar os tempos em que eramos jovens garotas de 16 anos!!!



6.00 in the morning
Youre the last to hear the warning
You've been trying to throw your arms around the world...

You've been falling off the sidewalk
Your lips move but you cant talk
Tryin to throw your arms around the world...

I'm gonna run to you...
run to you...be still...
I'm gonna run to you...run to you...woman I will...

Sunrise like a nosebleed
Your head hurts and you cant breathe
You been tryin to throw you arms around the world

How far you gonna go
Before you lose your way back home?
You've been trying to throw your arms around the world

I'm gonna run to you...run to you...woman be still...
I'm gonna run to you...run to you...woman I will...

I dreamed that I saw dali
With a supermarket trolley
He was trying to throw his arms around a girl
He took an open top beetle
Through the eye of a needle
He was tryin to throw his arms around the world

I'm gonna run to you...run to you...woman be still...
I'm gonna run to you...run to you...woman I will...

Nothin much to say I guess
Just the same as all the rest
Been trying to throw your arms around the world
A woman needs a man
Like a fish needs a bicycle
When youre tryin to throw your arms around the world

I'm gonna run to you...run to you
I'm gonna run to you...run to you
I'm gonna run to you...run to you
Woman be still...woman be still...
Be still...woman be still...
Woman I will...


mais coisa...menos coisa...seria isto!

atenção!!!muita atenção!

aviso á navegação.... As Janelas Grandes estão abertas!


http://janelasgrandes.blogspot.com

é favor consultar...

Informações adicionais no Maria Arroz ( eu hoje já estou cansada de tanto computador e internetssss!!!uma loucuraaaa !Pôxaaaa!!!)


(sra Gerente aqui da loja... Exmª Sra. D. Sara é favor adicionar aos links!!! e não me digas que não sabes!!! Já não caio nessa treta, depois de EUsinha ter conseguido!!! - e não penses que me esqueci do musicol!!! tens de pôr!... mas vá... como esse também ainda não sei fazer, porque a Sra. D. Chapinhas só tenta instruir a Saraaaaaaa ... dou-te mais uns tempinhos!!!)

bjufinhas muitas

Prometo contar os meus dias...assim que eles voltem a ter alguma acção que não se limite ao espaço da biblioteca do ISCTE...vá! pronto! e á geladaria ... mas só quando não chove!!!

ps: (hoje deixo ps's em todo o lado que passo!Irra!!!)
Pulga-Piolho...parece-me que temos de conversarrrrrr! Alguém me pode explicarrrrr???telefona-me, tá!?


posto isto ... até amanhã!

segunda-feira, outubro 02, 2006

Psicofisiologia do medo

Tinham uma vaga impressão de feridas húmidas por todo o corpo. Doía-lhes qualquer coisa que por enquanto não sabiam nomear. E o que doía tinha um rosto, ou continha um gesto, um perfume, evocava um corpo ou um lugar.
Mas era-lhes difícil separar os acontecimentos uns dos outros, os rostos das palavras, os corpos dos lugares. (...)

Talvez, que os rostos e os lugares fossem uma e a mesma coisa, ou afinal, só tivessem existido na imaginação de cada um.
Talvez, o que lhes doesse fosse a memória dos seus próprios corpos e, para não se deixarem morrer, outros corpos fossem incendiados nessa mesma dor.
(...) no entanto, pressentiam já que a pior dor é aquela que não se consegue nomear e, por vezes, mal se sente.

Al Berto

Acordar de noite*

Parei para pensar, pensar nos meus dias. Apercebi-me que a minha vida adulta comecou aqui. Comecou aqui a minha casa, o meu total controlo dos dias, o poder absoluto sobre o futuro. Comecou uma rotina nova, de que gosto, que fiz nascer. Comecou uma nova cidade, fiz minhas novas ruas, novos espacos. E, quando voltei a acordar de noite, quando os dias voltam a ficar curtos, anunciando o Inverno, percebo que passou (quase) um ano. Um ano de diferencas. E nunca saíram de mim - näo só da memória mas da pele, do presente, dos dias que se esperam - todas as pessoas que ficaram no meu mundo a milhares de kms. Caras que reencontro sempre que volto por uns dias, sorrisos que me väo chegando aqui - alegria dos dias. Parei para pensar. E percebi que cresci.


*O Primeiro poema que li do Al Berto - com que descobri o Al Berto - chama-se Acordar tarde. Hoje pensei na ironia, ou na diferenca. Mas rapidamente (lucidamente) caí em mim: o Al Berto era um poeta, boémio, homosexual num Portugal conservador e retrógado, dedicado aos prazeres da noite. Eu sou uma morning person entregue à ciência no norte da Europa. Here you go.

If not now then when
If now today then
Why make your promises
A love declared for days to come
Is as good as none

You can wait til morning comes
You can wait for the new day
You can wait and lose this heart
You can wait and soon be sorry

Now loves the only thing thats free
We must take it where its found
Pretty soon it may be costly

If now now what then
We all must live our lives
Always feeling
Always thinking
The moment has arrived

e como era bom...

...se sempre que fazemos mudanças ... só fosse precisso ... levar a roupitcha que temos vestida..., não era bom?!????


... e depois ... tudo novo!!!!

domingo, outubro 01, 2006

MARIDO E MULHER

Do Buarque, à homilia, dos ritmos africanos, à banda, do Toranja, às pedrinhas da tenda, das conversas, aos espaços, dos sorrisos, ao véu traçado, dos amigos, às estrelas... Adorei!

Adorei o brilho dos Vossos olhos!