quarta-feira, junho 25, 2008

She went over to his apartment
Clutching her decision
And he said, did you come here to tell me goodbye?
So she built a skyscraper of procrastination
And then she leaned out the twenty-fifth floor window
Of her reply
And she felt like an actress
Just reading her lines
When she finally said yes,
It's really goodbye this time
And far below was the blacktop
And the tiny toy cars
And it all fell so fast
And it all fell so far

And she said:
You are a miracle but that is not all
You are also a stiff drink and I am on call
You are a party and I am a school night
And I'm lookin' for my door key
But you are my porch light
And you'll never know, dear
Just how much I loved you
You'll probably think this was
Just my big excuse
But I stand committed
to a love that came before you
And the fact that I adore you
Is but one of my truths


(But I guess that this is the price
That we pay for the privilege of living for even a day
In a world with so many things
Worth believing in)

Ani Di Franco

sexta-feira, junho 13, 2008

Al otro lado del rio


Creio que vi uma luz no outro lado do rio.

Uma luz que varia de intensidade, como varia a intensidade dos nossos dias, do nosso sentir, das nossas vidas.

domingo, junho 01, 2008

Dom

Näo sei como faco isto, mas arranjo sempre maneira de transformar a minha última semana onde-quer-que-seja num pesadelo. Já tentei infeccöes renais, noites de terror em casa demasiado grande, isolada, escura e silenciosa, e com certeza outros terrores que agora, assim de repente, näo me estou a lembrar. E, mais uma vez, näo me vou deixar ficar mal.



Cheguei do aeroporto para uma casa vazia. Quando digo vazia, é vazia mesmo. Näo estou a falar de casa sem ninguém lá dentro (acontece sempre), ou de casa sem umas cenas que a tornariam mais confortável e acolhedora e tal (ou cozy, palavra detestável que só é, parece-me, utilizada em Portugal). Vazia mesmo. A minha amiga, propritetária da cama sofá pratos copos mesa cadeiras onde tenho vivido nos últimos meses, resolveu que tinha que enviar tudo para Denver já JÁ. Näo dava para esperar uma semaninha. Eu compreendo - näo tem culpa. E eu näo tenho alternativa.



Voltei e näo tenho cama: durmo num colchäo insuflável. Näo tenho cadeiras: sento-me no chäo. Näo tenho copos, näo tenho nada. E, meudeus, näo tenho música. Näo tenho rádio. Só tenho silêncio, mas um silêncio täo silêncio que me está a deixar louca e a pedir aos santinhos para que a vizinha de cima se lembre de andar calcada em casa, aspirar, gritar com o cäo ou divertir-se com o namorado durante a semana (normalmente só acontece ao sábado). Entretanto lá ando de ipod nos ouvidos dentro de casa, mas näo dá para fazer tudo de ipod.



E acontece que nunca estou em casa. Acabo a correr os restaurantes todos de que me parece que vou sentir falta, encho-me de tacos e margaritas e guacamole e tal, telefono e arrasto toda gente - e queimo tempo.

Até chegar aí. Onde tenho cama e sofá e tudo.